Em www.meiosepublicidade.pt, Outubro 2012 – Mais de 30 planeadores assistiram hoje, na RTP, à apresentação de uma nova funcionalidade do GMediaAd, que permite o processamento electrónico de ordens de publicidade (OP) e respectivas confirmações. Desenvolvido pela GSott e testado pela RTP e pelo grupo Havas, trata-se de um software de gestão de venda de publicidade que permite, explica Paulo Jardim, responsável da GSoft, a transferência e processamento electrónico de ordens de publicidade e respectivas confirmações.
Os benefícios, de acordo com o responsável, são evidentes, na medida em que “há uma automatização do processo de compra entre as agências/centrais e as estações de televisão (sem alterar as rotinas de trabalho actuais), com “a vantagem de que esta feramenta suporta os formatos stantdard de anúncios e é compatível com as principais soluções do mercado” para a gestão da publicidade (desenvolvidas pela AppMedia, Outware ou MediaLog/Media Monitor). Em suma, “há a obtenção de importantes benefícios tangíveis e intangíveis para as estações e para as centrais/agências de meios”. A introdução e verificação de dados das ordens de publicidade são “muito facilitados”, sintetiza, permitindo “uma maior disponibilidade dos recursos humanos para outras tarefas” e, em última análise, existe uma melhoria do serviço prestado pelos operadores e agências.
Ricardo Santos, da Arena Media, agência que já tem esta funcionalidade implementada, confirma. “Há uma rentabilização do tempo bastante significativa, na medida em que a confirmação da OP passa de manual para automática”. E, mais do que a diminuição do tempo, António Aguiar, da Havas Media, explica que “deixa de haver erros”, na medida em que deixa de ser necessário inserir e confirmar/comparar manualmente todos os itens que constam das ordens de publicidade.
A RTP também apresentou testemunhos de profissionais que já utilizam esta aplicação. João Teles assegura que se demora metade do tempo a inserir uma OP, explicando Patrícia Rosário que quanto maior e mais completa a ordem, mais tempo se poupa. “Uma ordem que demorava uma hora a inserir passa demorar 5 minutos”, garante. Questionada sobre a obrigatoriedade de as agências passarem a adoptar esta ferramenta nas ordens de publicidade enviada à estação pública, Cristina Viegas, directora comercial da RTP, esclarece que “obviamente a RTP não pode obrigar as agências… Só pode pedir”. No entanto, lembra, uma vez que se trata de um processo automático, as OP enviadas desta forma ultrapassam as que necessitam de um processamento manual. É “um investimento com bastante retorno”, assegura. E por que motivos devemos adoptar uma ferramenta para comprar publicidade na RTP se não se sabe se a RTP continuará a ter publicidade, pergunta um dos profissionais presente neste encontro? “Existem seis cenários e realmente não se sabe, mas a RTP são nove canais”, responde a directora comercial do operador público. O resto da resposta é dada por Paulo Jardim, lembrando o responsável que também trabalham com a SIC, com a Zon e, a partir de Janeiro, também com a TVI. A ferramenta, acrescenta, deverá então ser adoptada pelos três operadores.
Esta aplicação não tem custos e, garante o responsável da empresa de software, é fácil de implementar. E porquê investir no desenvolvimento de uma aplicação se não há retorno para a empresa? “Porque temos que apostar na inovação”, responde. A GSoft é uma empresa de software especializada no mercado de media, nomeadamente televisão, rádio e imprensa. A concorrência, no mercado nacional, vem apenas de players internacionais, explica Paulo Jardim. A aposta da empresa, já presente em Angola, é na internacionalização, estando a ser preparado o seu ingresso no Brasil.
Os planeadores gastam cerca de 20 por cento do seu tempo a inserir e confirmar OP.