Edvandro Meireles, gestor de apoio projetos na Rede Record e responsável pela implementação do GMediaPlan, fala-nos sobre o contributo do GMediaPlan para a área de produção da emissora mais antiga em atividade no país. Desde 1953, a Rede Record tem vindo a transmitir programas de entretenimento, informação, desporto, novelas e séries que a posicionam como a segunda rede de TV no Brasil em audiência.
Para Edvandro Meireles, uma das vantagens do GMediaPlan é a integração, confiabilidade, disponibilidade e mobilidade das informações que se encontravam dispersas pelas diferentes áreas.
Qual ou quais o(s) fator(es) que considera mais interessante(s) no negócio de TV em geral?
Especialmente no caso da TV Record, somos a emissora que mais produz programas em direto. Diariamente são mais de 12 horas. Isso exige coordenação e integração das equipas envolvidas no processo produtivo.
Há quanto tempo a Rede Record trabalha com o GMediaPlan?
A Rede Record começou a implementar o GMediaPlan em Julho de 2013. Em Setembro desse mesmo ano iniciou o planeamento da atividade com o Mapa de Produção/Gravação para os estúdios. A primeira área que começou a utilizar este mapa foi a área de Apoio as Produções e Operações e mais tarde a Fábrica de Artes para a produção de cenografia. De seguida, fomos cobrindo outras áreas de meios, como a área de pós produção, com o jornalismo e as ilhas de edição de produção, os carros de reportagem, as ENGs (unidades portáteis de produção) e atendimento e alocação de transporte para as ENGs.
Juntamente com este mapa foi exigida uma coordenação ao nível da gestão de recursos humanos, com o planeamento de horários e o apontamento do dia. Neste momento, temos o fluxo completo entre quem solicita, por exemplo, uma ENG e quem atende e procede à marcação dos materiais e dos recursos humanos.
Tendo cobertas estas áreas, estamos, neste momento, a trabalhar nas áreas mais periféricas das produções, como por exemplo, as áreas de apoio artístico: figuração, camarim, maquilhagem e cabelos.
Qual o papel do GMediaPlan na Rede Record?
O GMediaPlan permite ter uma visão integrada da atividade de produção. É essencialmente uma ferramenta para planeamento e controlo da execução.
Que vantagens e melhorias aponta no dia-a-dia de trabalho dos utilizadores do GMediaPlan? Como era o vosso trabalho antes do GMediaPlan?
A implementação do GMediaPlan tem nos forçado a revisitar os nossos processos que são muitos e complexos. Em virtude do imediatismo da televisão, e dado que o que está sendo colocado no ar é medido minuto a minuto, sobra pouco tempo para repensar a forma de fazer/produzir. Por se basear o GMediaPlan num conceito global e integrado, as áreas estão sendo motivadas a pensar de uma forma diferente. Estamos naquele período em que os utilizadores começam a vislumbrar os benefícios do trabalho integrado e participativo.
Hoje em dia, antes de executar, na fase do planeamento, conseguimos ver quanto custa determinada produção. Anteriormente, só conseguíamos saber o seu custo depois de executar cada tarefa. Era efetuado um orçamento para o ano, que era aprovado e depois executado. Agora com o GMediaPlan conseguimos planear a execução, planear como vamos gastar o dinheiro numa produção e não é necessário aguardar o final do mês para saber os custos apontados. Para além do orçamento de projeto/produto temos um orçamento de execução. Quando a parte de custos do GMediaPlan estiver integrada com o ERP, vamos ter a informação de custos antes de executar a produção.
Também foram grandes os ganhos ao nível do planeamento integrado. Quando trabalhamos de uma forma independente, desintegrada, temos alguma flexibilidade mas não temos o controlo. A informação, por exemplo que consta no mapa de Gravação/Produção, anteriormente era feita em folhas de cálculo, enviada por email e não permitia a integração entre áreas. O GMediaPlan permitiu ter um planeamento integrado, conseguindo envolver todas as áreas que participam na produção, mesmo as áreas de apoio à produção. Tal apresenta implicações, pois foram criados diferentes fluxos de trabalho que levaram à alteração de workflows das pessoas. Porém, hoje todos participam e comunicam de uma forma integrada e em tempo real.